Uma
cabeça humana é encontrada em uma rua qualquer. A policia não encontra o corpo
e passado um mês do macabro achado, resolve publicar uma foto da cabeça nos
jornais, pois tem esperança de que alguém reconheça o desafortunado defunto.
Então, para espanto geral, quem aparece? O próprio morto! Ou, enfim, aquele que
deveria estar morto, pois sua cabeça está lá no necrotério. A partir daí
cria-se um grande mistério e José Simplício, o homem que ‘perdeu a cabeça’,
fará de tudo para recuperar o que julga ser seu, ou sua: a cabeça. Muitas serão
as artimanhas daqueles que se arrogam donos da cabeça para evitar que o
legítimo ‘proprietário’ recupere o que é seu, até porque, enquanto José se
afunda nesta busca, a cabeça morta vai fazendo grande sucesso entre o público e
rendendo fortunas àqueles que se julgam seus donos. Mas para o bom andamento
dos negócios é preciso que a viva fique longe
da morta, então a de José
passa a ser considerada demoníaca e seu possuidor, o próprio diabo! Esta
carapuça é vestida de bom grado pelo protagonista, que passa a usá-la para
assombrar seus algozes. José Simplício agora é um homem perseguido e perigoso,
que em nenhum momento se furtará em destruir os dogmas e obstáculos que foram
ardilosamente colocados entre ele e sua cabeça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário