quarta-feira, 8 de novembro de 2017

MINHA 'CABEÇA' EM DESTAQUE NA PADULA!

Minha obra 'Cabeça' está em destaque na Padula Livros! Uma livraria descolada que nasceu há pouco tempo, mas tem cheirinho de sucesso. A rapaziada não segue nenhuma cartilha oficial, porque entendem que a Cultura não deve ficar engessada aos caminhos canônicos já tão pisados e repisados. Vão atrás do novo! Parabéns! Tem tudo para dar certo. E vai! Meus agradecimentos aos queridos Padula e Alfredo pela carinhosa acolhida à minha obra. Vale a pena dar um pulo lá para conhecer. A Padula Livros fica na Rua Cel. Fernando Machado, 997. Centro Histórico. PoA. facebook.com/padulalivros padulalivros.com.br (51) 980555634 (51) 996425650

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Livro CABEÇA


Meu livro inédito CABEÇA, o primeiro editado em papel, está à venda aqui no blog! R$ 29,00. Abraço a todos!

CABEÇA - Prefácio

José Simplício da Silva perdeu a cabeça. Mas a pergunta que não quer calar é... você, meu caro leitor ou leitora... sabe onde está sua cabeça? Se realmente souber, parabéns! Se não souber, creia, você não está só. Nossa cabeça, enquanto humanos, sempre foi disputada à tapas por aqueles que se arrogam seus “donos”, pois é... donos. Sua cabeça tem dono? Este realmente é você? Bem, esta é uma boa pergunta, não? José Simplício da Silva perdeu a cabeça. Será que alguma vez não é preciso perder a cabeça para realmente encontrá-la? Está aí uma pergunta filosófica mais profunda. Neste livro o herói, ou anti-herói, como lhe seria mais adequado, ao descobrir que sua cabeça não mais lhe pertence, parte para uma cruzada solitária e violenta no intuito de recuperá-la, afinal, ‘essa’ cabeça tem dono! Porém, descobrirá que ela passará de mão em mão de acordo com os interesses que se fizerem necessários aos manipuladores da cabeça. O homem não irá desistir da luta para apossar-se do que é seu. Mas... é seu por direito? Bem, a justiça de todos é algo que terá de deixar de lado para criar a uma própria, perigosa, autônoma, sanguínea, pulsante, viva, e assassina... José Simplício da Silva perdeu a cabeça.  Os valores de todos já não são mais os seus, ao tomarem sua cabeça morta como refém de idéias morais alheias, deixaram a viva ardendo em fogo! Livre! Totalmente livre para agir! Longe dos laços que poderiam frear seus instintos. É sempre um perigo sufocar a vida, a vítima se debate e usará de todos os meios para livrar-se da morte iminente. Pois é... cada um reage ao sufocamento com as armas que possui, ou não reage, enfim. José Simplício da Silva perdeu a cabeça. Reagiu. Passou a ser considerado o inimigo público número um, passou a ser considerado o diabo! Alguém a ser eliminado, pois estava vivo, e o que dele interessava era a cabeça morta, a cabeça refém. A outra, a viva, a livre, a que reivindica, não!
Enfim, espero que seja bem entendido o que exponho neste livro. Os condimentos kafkianos são propositais e espero tê-los usado na dose certa. Na verdade tudo é uma questão de perspectiva – dá-lhe Nietzsche! – e conforme de onde enxergamos o mundo, ele assume colorações estranhas e surrealistas. Se soubermos rir, ele – o mundo – certamente não se furtará em aninhar-se como um bom garoto no conforto da palma de nossa mão. E quando isso acontece talvez só nesse momento podemos dizer que nossa cabeça está no lugar. Mas enfim, mesmo uma idéia desta é só uma idéia, nada mais. Melhor mesmo é dizer o óbvio, que só os loucos sabem onde têm a cabeça! Sejamos loucos então! Pois quase nos fizeram crer que a individualidade é loucura! Tiremos a atiremos nossas máscaras para cima num maravilhoso acesso de loucura! quem sabe quantas cabeças encontrarão seus verdadeiros donos nesse momento! E nada pode ser mais poderoso do que uma cabeça com seu dono, seu legítimo dono... bem... pensando bem, também é poderoso aquele que é portador de afiadas e perigosas – quem sabe demoníacas - espadas, aquele que vai em busca do que é seu... Duvidam? pois  vejam com atenção José Simplício... o José Simplício da Silva, que perdeu a cabeça...






                                                                                                       Roberto Axe


                                                                                            Porto Alegre, 6 de julho de 2010.

Livro Cabeça - Sinopse

Uma cabeça humana é encontrada em uma rua qualquer. A policia não encontra o corpo e passado um mês do macabro achado, resolve publicar uma foto da cabeça nos jornais, pois tem esperança de que alguém reconheça o desafortunado defunto. Então, para espanto geral, quem aparece? O próprio morto! Ou, enfim, aquele que deveria estar morto, pois sua cabeça está lá no necrotério. A partir daí cria-se um grande mistério e José Simplício, o homem que ‘perdeu a cabeça’, fará de tudo para recuperar o que julga ser seu, ou sua: a cabeça. Muitas serão as artimanhas daqueles que se arrogam donos da cabeça para evitar que o legítimo ‘proprietário’ recupere o que é seu, até porque, enquanto José se afunda nesta busca, a cabeça morta vai fazendo grande sucesso entre o público e rendendo fortunas àqueles que se julgam seus donos. Mas para o bom andamento dos negócios é preciso que a viva fique longe da morta, então a de José passa a ser considerada demoníaca e seu possuidor, o próprio diabo!  Esta carapuça é vestida de bom grado pelo protagonista, que passa a usá-la para assombrar seus algozes. José Simplício agora é um homem perseguido e perigoso, que em nenhum momento se furtará em destruir os dogmas e obstáculos que foram ardilosamente colocados entre ele e sua cabeça.